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TRATAMENTO DAS BI E TRI-FURCAÇÕES:
Toda vez em que a região de furca é atingida pela doença periodontal, um fator de complicação a mais torna-se presente na nossa tentativa de salvar o dente comprometido.
A região da furca, pode ser comprometida pela doença periodontal, por lesão endodôntica, através de canalículos acessórios que fazem anastomose com vasos do ligamento periodontal, através de trauma oclusal ou através de iatrogenias.
Em casos de furca, devemos avaliar de forma muito criteriosa a situação dental, a anatomia, para podermos aplicar a melhor das técnicas.
Com referência a anatomia, devemos observar o componente vertical da furca, ou seja a perda de inserção vertical no espaço inter-radicular, curvatura e envolvimento das raízes comprimento do bulbo radicular, anatomia do defeito ósseo, comprometimento do dente vizinho, presença de projeções de esmalte, etc.
Antes de oferecermos um plano de tratamento, devemos ter certeza da capacidade do paciente em manter a região da furca isenta de placa bacteriana, presença ou não de sensibilidade pós tratamento e inclusão do dente a um planejamento protético sem inviabilizar
este tratamento.
TUNELIZAÇÃO:
Trata-se de um retalho reposicionado apicalmente,no intuito de se criar um espaço entre as raízes onde o paciente possa inserir uma escova interdental, para remoção da placa bacteriana.
Nesta técnica existe a necessidade de se expandir o espaço intter-radicular, através de odontoplastia. Isto poderá trazer sintomatologia dolorosa e muitas vezes o tratamento endodôntico se fará necessário.
A tunelização se faz em envolvimento de furca classe III e em classe II avançada, preferencialmente em molares inferiores. Em molares superiores a técnica torna-se muito mais dificultosa.
Remoção óssea para criar espaço e restaurar o espaço biológico.
Tunelização em molar superior
Esquema de tunelização
PRÉ-MOLARIZAÇÃO:
Realizada em molares inferiores, esta técnica é utilizada principalmente em dentes com trepanação de furca. Neste caso, o dente sofrerá tratamento endodôntico e dividido em dois pré molares. A corôa protética poderá ser individual ou unida, tendo-se o cuidado, neste caso, de se construir uma furca supra gengival para higienização.
Esquema de pré-molarização
Radiografia do caso
Caso clínico inicial
Abertura do retalho
Exposição da furca
Molar transformado em dois pré-molares individuais
RIZECTOMIA:
Realizado em molares superiores. Normalmente a lesão acomete a raiz vestíbulo distal, pelo fato da furca dos molares superiores encontrar-se logo abaixo do ponto de contato na face distal, ou seja, muito superficial. Isto faz com que na instalação da doença, a perda de inserção comprometa a furca inicialmente por este local.
A cirurgia é feita através de retalho de espessura total, exposição da área atingida e através de broca incisão angulada da raiz a ser removida.Nos casos de dentes vitalizados é desnecessária a endodontia da raiz condenada, uma vez que será eliminada.Devemos arredondar todas as bordas, criando acesso para a higiene.
Esquema de rizectomia
CASO 1: REMOÇÃO DE RAIZES VESTIBULARES
Neste caso, devido a remoção da maior raiz do dente, realizamos contenção intra coronária.
Também realizada em molares inferiores, consiste na eliminação da raiz em pior condição periodontal, uma vez que a remanescente não esteja demasiadamente comprometida, possuindo inserção em pelo menos 2/3 do seu comprimento. A raiz restante deverá ser ampla, com pouca curvatura para que possa suportar uma prótese em forma de pré-molar, que poderá ser isolado, ou fixado ao dente vizinho.
Diagrama demonstrando a técnica de odontosecção
Raiz mesial comprometida
Resultado final de odontosecção
CASO CLÍNICO:
CASO CLÍNICO:
Dentes 46 e 47 com raízes mesiais envolvidas periodontalmente
Defeito ósseo mesial no 47
Remoção da raiz comprometida
Final da cirurgia
Cicatrização 7 dias
Cicatrização 15 dias
Resultado obtido, grande qualidade gengival após 180 dias
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